quinta-feira, 30 de julho de 2009

Janelas, com poema de Adélia Prado

Nesta postagem, utilizou-se os versos de um poema da escritora e poetiza Adélia Prado, denominado “Com licença poética”, para torná-la – a mensagem - mais... - Mais o quê? - Mais bonita? - Mais agradável de se ver e ler? – Mais cativante? Você, que está vendo esta postagem, decide!

Adélia Luzia Prado Freitas nasceu em Divinópolis/MG, em 13 de dezembro de 1935, e seus textos retratam o cotidiano com perplexidade e encanto, norteados pela sua fé cristã e permeados pelo aspecto lúdico, uma das características de seu estilo único. Nas palavras de Carlos Drummond de Andrade: "Adélia é lírica, bíblica, existencial, faz poesia como faz bom tempo: esta é a lei, não dos homens, mas de Deus. Adélia é fogo, fogo de Deus em Divinópolis". Adélia é também referência constante na obra de Rubem Alves. ( Fonte: Wikipédia)

Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.

Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.

Aceito os subterfúgios que me cabem, sem precisar mentir.

Não sou feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza
e ora sim, ora não,
creio em parto sem dor.

Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina.

Inauguro linhagens, fundo reinos — dor não é amargura.

Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.

Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.

Mulher é desdobrável. Eu sou.

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- Fonte: De um email que me foi enviado pela minha querida amiga Divina Scarpim.

- Fui!

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